30 de jul. de 2009

Mais um terceiro ouvido, não!

O que se deseja,
de todo aquele que fala
ou crê e diz, é ser um quarto ouvido,
um quinto, sexto, milésimo, quantas forem suportadas!
Mas, que não seja um terceiro ouvido fantasmagórico,
vacilando - para os outros - entre a abstenção e a cera do ouvido,
O maldito terceiro... liso, escorregadio, falastrão!

O ouvido quer mesmo, de fato,
se multiplicar, compor um só orgão de muitas
orelhas
Pra que a audição se amplie, com a confiança no outro
Para que a audiência se compartilhe, com a desconfiaça
dos outdoors

E assim feito,
a de se escutar o som dos mudos e
até mesmo os gagos que,
ainda que "susurrados", não vão aguentar mais nenhum
constrangimento


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