12 de dez. de 2008

Máquinas Sanguínias

Era o sangue que inundava a vida das coisas,
que fazia aquela caneta cuspir sua tina preta,
igualmente sanguínea,
para assinar os indiciados

No óleo, no tanque de gasolina...
Nada mais que vermelhidão intensa,
Inflamação em engrenagens
que se retorcem para fazerem funcionar esse coração de lata

Máquina de escrever, que disse
que via, que acariciava as letras e teclas
de um piano sem som e estranho:
Onde vc escondeu seu sangue?
Deu pras baratas ou aos pixels?

Foi-sembora...
era essa a hora que o sangue extraviava:

A porta não batia, corria numa sutileza de esperar a tensão certeira em que a engrenagem que a fechava, a pudesse , de fato, fechar dentro de si, na sala pró-proposital Era nessa hora que o Sangue corria! Todas pessoas presentes na sala, em frente ao computadouro, consultavam suas diversas borras de café e resquícios de bolacha água-e-sal, junto ao muntareu de ofícios e afazeres. Mal iluminadas por poucas luzes fluorescentes, muitas dissertavam sua própria iluminação. Mas, ainda, Alguns, viam brilhos por lá!

Por traz da cortina - que era tudo isso - havia um dorminhoco fatigado de tanto ver sangue jorrar sem mira. Mira em mim, então agora... Presta Atenção!

Já te fiz... transfusões. Foi nosso sangue de caramelo que o conduziu
até esses promíscuos prazeres carnais!

Bem vindo à política!



Viciados em sangue
Dependentes dos seres
Amantes dos fluidos,
dos sólidos e carismáticos borbulhares de idéias
Assopro pra você, agora, minhas bolhinhas de sabão em letra Verdana, cor de morango.
Meu Orgasmo, orgânico do conflito

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